Sofreu um plágio? Acha que o teu assunto não interessa a ninguém? Quer parcelar um Iphone em 10x pra gravar pro Insta? Eu te ajudo! Separei cinco lições para quem quer trabalhar com conteúdo para internet:
Eu não sou exatamente boa em decisões. Como uma excelente geminiana, eu gosto quando escolhem por mim, assim não preciso pensar em todos os prós e contras de minhas possíveis decisões… Dito isso, a profissão de social media me escolheu. Simples assim.
Eu me lembro de passar horas brincando no computador quando eu era criança e, quando adolescente, era completamente viciada em Internet. Com o tempo e a observação de como as publicações se comportavam, mesmo sem saber exatamente o que era o algoritmo, desenvolvi um método para publicar no Orkut, no Tumblr e no Twitter. Publicava sempre em horários em que notei terem mais pessoas on-line e interagindo com as postagens. E aproveitava os temas nos trending topics do Twitter e das revistas que eu lia para criar meus conteúdos. Assim, alcançava um engajamento maior. Mas eu também não sabia que aquilo era engajamento.
Tecnicamente, sou social media há quatro anos. Mas por essência, provavelmente sou social media desde criancinha 😅. E, sem licença nenhuma, trago cinco lições que você não pode deixar de seguir se quiser ser social media:
Há uns dias, encontrei um perfil chamado @brunotanato no explorar do Instagram. O Bruno, que é um agente funerário, estava explicando no Reels porque as pessoas não podem ser enterradas com o cabelo para frente*. No mesmo momento, fiquei obcecada pelo perfil dele.Ali, ele divide com leveza a rotina do seu trabalho que ainda é visto com tanto tabu. E que o Cemitério Jardim da Ressurreição tentou deixar mais próximo do público nos últimos anos. Faz todo sentido e deveria ser o assunto mais popular de todos, afinal, todos morremos…
A minha lição para isso é que tudo pode ser falado na internet. Às vezes, a gente pensa “ah, mas meu trabalho é tão sem graça”, “ah, mas o que eu vou falar sobre isso?” e a verdade é que todo mundo tem algo pra contar. Todo assunto vale a pena, só basta encontrar a melhor forma de falar sobre ele – e aí é o maior desafio da nossa profissão.
A simplicidade é o que mais faz sucesso na internet. Não é à toa que durante o início do isolamento social pela pandemia da Covid-19, tantas pessoas fizeram sucesso com vídeos curtinhos feitos dentro de casa. A própria Camilla de Lucas, vice-campeã do Big Brother Brasil deste ano, contou que sempre optou pela simplicidade em seus vídeos e a vida dela mudou exatamente no início da pandemia.
O cenário de trabalho da Camilla? O corredor da casa dela e algumas perucas…
Também sou bastante fã do trabalho de um influenciador chamado Isaías. Assim como a Camilla, o material de trabalho dele também é a própria casa, um efeito de fundo verde do Instagram Story e algumas perucas. Engajamento altíssimo e identificação com o público.
Se você souber usar a luz da própria casa a seu favor e tiver algo de relevante para falar, você já tem um conteúdo de qualidade para postar. Não precisa ter o melhor celular, o melhor diretor de cinema ou um roteiro feito pelos roteiristas da Netflix. Basta ser um conteúdo que se conecte com o seu público. E como você vai saber disso? Tentando…
3) O seu melhor conteúdo será feito pelo público da tua página
Se você passou mais de cinco minutos falando comigo já deve ter me ouvido comentar sobre o Victor Oliveira, para mim, ele é a melhor referência em Conteúdo Gerado Pelo Usuário (se você for chique, pode chamar de UGC).
Em seus stories, ele tem alguns quadros em que os usuários mandam suas histórias, seus produtos, ou seus próprios perfis e ele comenta, cria conteúdo em cima e traz muito engajamento em seus perfis. O meu quadro preferido é o Não Está Sendo Fácil, em que os seguidores contam momentos tragicômicos e ele os divide com os outros seguidores enquanto comenta a história. Além de ser MUITO engraçado, traz uma lição importantíssima: o melhor conteúdo que você terá, será feito pelo público da sua página.Mas por quê? Porque esse conteúdo será cheio de identificação, de representatividade, de aproximação e de valorização. Saber aproveitar isso é essencial para o bom engajamento da sua página. Entre as páginas que eu gerencio, a TV do Ônibus e a Campanha Sinal Vermelho são as que mais trazem exemplos neste sentido e também me ajudam a contar a próxima lição.
Há pouco mais de um ano, criamos um conteúdo para a TV do Ônibus que mencionava humilhações que o usuário de transporte público passava no ônibus. O post foi um sucesso REAL. Com mais de um milhão de alcance e doze mil compartilhamentos, ele atravessou as fronteiras de Curitiba e chegou ao Brasil todo.
E claro, com esse sucesso, acabamos precisando lidar com um sabor amargo que ainda não havíamos experimentado: o do plágio. Páginas grandes, páginas pequenas, páginas enormes, páginas de gente que a gente conhecia: todo mundo começou a publicar a imagem sem dar os créditos.
No primeiro momento, veio a frustração. É um conteúdo criado com base naquilo que os seguidores da página traziam pra gente, suas histórias, suas rotinas e feito com carinho pensando também no cliente. E que claro, se não fosse tão kibado, poderia ter tido ainda mais engajamento para a gente.
O primeiro viral e a cópia descarada a gente nunca esquece
Hoje, eu sigo recebendo notificações de plágio deste conteúdo. Eu, sinceramente, já desapeguei. Meu pensamento é que o conteúdo ficou bom o suficiente para ser copiado, então, tudo bem.
O mesmo aconteceu com o Ramon Campos, que ao ter um conteúdo plagiado diversas vezes, resolveu criar um desafio para que as pessoas o refizessem com a sua própria linguagem visual. Saber rir de si mesmo é essencial e… traz engajamento!
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Uma publicação compartilhada por RAMON CAMPOS 🌀 SOCIAL MEDIA (@ramoncampos)
Você também vai precisar desapegar do seu planejamento que será derrubado, do seu texto que vai precisar ser mudado, da arte maravilhosa que o designer criou e o cliente pediu pra mudar tudo… nesta profissão, a gente vive testando o desapego diário.
Errar é humano, persistir no erro… também.
Acredite: você VAI errar. Vai errar no conselho super embasado que deu ao cliente, vai errar na hora de programar um post, vai errar ao responder uma mensagem, vai errar no tom de um texto. É normal. Aceitar que vai errar é essencial para não enlouquecer.
Na internet, alguns erros parecem até mesmo maiores. Porque até serem percebidos, muitas pessoas já viram. E uma parcela considerável delas vai apontar.
Às vezes, o erro é bobo. Uma digitação errada, mas é o suficiente para ter um pestinha falando: “nossa, vocês escreveram ‘erado’”. E você vai se sentir a pessoa mais burra do mundo. Em uma fração bem pequena de tempo, pode até ser que você seja mesmo. Mas isso não vai durar mais do que 0,0000001s.
Ao longo do tempo, você vai entender que os erros são essenciais para melhorar processos e aprimorar o seu trabalho. Eu até já contei quais erros me fizeram melhorar como profissional e você pode conferir clicando aqui.
A lição para isso é que não pode se desesperar ou desistir porque errou. É importante ter a todo o tempo o pensamento que você não errar mais. E, se errar, vai absorver o melhor disso para não repetir.
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Ter sido escolhida por esta profissão me ensinou muito. Principalmente, que é possível usar absolutamente todos os conhecimentos e informações que você absorveu ao longo de sua história. Um privilégio para poucos.
*Ah, se você ficou curioso: as pessoas podem sim ser enterradas com o cabelo para frente. Mas o Bruno contou que o usual é deixá-lo atrás do corpo, para que os familiares tenham uma boa visão do rosto da pessoa querida, afinal, será a última imagem que terão dela.
Oi, eu sou a Melina.
Jornalista com mais de 15 anos de experiência e MBAOi, me chamo Cíntia
Sou uma fazedora de coisas. Jornalista por formação, costureira por diversão e mãe por vocação.Oi, eu sou a Gabi
Publicitária por formação e curiosa por vocação.Oi, eu sou a Pri
Formada em marketing e movida a música.Oi, eu sou a Mariele
Jornalista e aventureira. Sou das que vai com medo, mesmo quando a vida exige muita coragem. Sou fã de mudanças, mas também gosto de rotinas. Faço bolos gostosos e amo trabalhar com a internet, pois ela me permite a liberdade geográfica.