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23 de julho de 2020

Digital 2020: números pra te convencer sobre a força das mídias sociais

Nós esmiuçamos os dados da pesquisa realizada pela We Are Social em parceria com Hootsuite

Por Melina Santos

Saíram dados fresquinhos da pesquisa Digital 2020, uma das mais confiáveis mundialmente sobre o mundo das mídias sociais e das tendências digitais, inclusive com o impacto da pandemia de Covid-19 no comportamento das pessoas, mortais como nós, que tiveram a vida virada de ponta cabeça nos últimos quatro meses.

Mas antes,  um pequeno prefácio. Quando a gente diz:

– Sim, você ainda precisa continuar olhando com muito carinho pro Facebook.
– Sim, esse momento de pandemia é um momento único pra você investir em conversar com seu público
– Sim, as pessoas estão se informando basicamente pelas mídias sociais
– Sim, corra pro LinkedIn
– Sim, é melhor ter um perfil com menos seguidores do que um gigante cheio de gente nada a ver
– Não, não dá pra confiar no alcance orgânico porque ele é ridículo e não vale o seu tempo investido em produzir um bom conteúdo

Eu juro que não é achismo, é matemática e muito estudo. Hoje eu venho aqui pra provar – com números confiáveis: 

Digital 2020 e os efeitos da pandemia

Os dados da pesquisa Digital 2020 confirmam uma tendência meio óbvia, mas importante: estamos passando mais tempo on-line desde que começou a pandemia de Covid-19, comprando mais em lojas virtuais e também dedicando mais tempo às mídias sociais.

As vendas digitais dos supermercados foram as que mais cresceram: 35,3%, seguidas pela de equipamentos esportivos (34,2%), de produtos de tecnologia (27,8%). A maior queda foi na venda on-line da área de turismo (-31,15).

A palavra “coronavírus” também foi a terceira em volume de pesquisas em todo o mundo, atrás apenas de Facebook e Google. Superou inclusive o YouTube nos buscadores e o combo notícias/previsão do tempo (normalmente entre as mais procuradas). 35% dos brasileiros pretendem trabalhar mais de casa depois que a pandemia passar.

De acordo com a pesquisa Digital 2020, 70% dos entrevistados aumentaram o tempo no smartphone e 47% o tempo no notebook/laptop.

54% relataram passar mais tempo assistindo shows e filmes nas plataformas de streaming
43% dedicam mais horas por dia às mídias sociais
36% usam mais aplicativos móveis
35% contaram que estão jogando mais on-line no computador ou celular
16% aumentam a produção de vídeos pra internet
15% estão ouvindo mais podcasts
37% estão ouvindo mais música por streaming

E como o digital tem ajudado durante o período de Covid-19? 83% dizem que se mantém informados sobre as medidas de isolamento/lockdown, 76% para ajudar na educação dos filhos, 74% para manter o contato com a família e os amigos, 67% para trabalhar, 65% para entretenimento e 45% para compras.

Para 59% dos entrevistados, as marcas devem continuar anunciando normalmente na pandemia.

Uso das mídias digitais no Brasil

80% das pessoas com mais de 13 anos usam mídias sociais
Cada pessoa tem, em média, 8,8 contas em mídias sociais
40% usam as mídias sociais para o trabalho
Os brasileiros passam em média 3h38 nas mídias sociais, o terceiro maior público do mundo
60% pesquisam sobre as marcas na internet

 

O Facebook não morreu

O Brasil foi o país que mais cresceu no mundo em alcance no Facebook, com um crescimento de 8%, chegando a 130 milhões de pessoas. E olha só que dado interessante pra quem produz conteúdo de qualquer tipo: 98% usam o aplicativo pelo celular e apenas 1,7% apenas pelo desktop. Oito em cada dez brasileiros usam o Facebook tanto pelo mobile quanto pelo computador.

80% dos usuários têm celulares com sistema operacional Android e 14% iOS.

Em média, cada usuário brasileiro curtiu 16 posts nos últimos dias, comentou nove vezes, clicou em 17 links e fez apenas um compartilhamento em sua rede. Os tipos de post mais compartilhados são: fotos/imagens (50%), links (25,9%) e vídeos (20%).

O engajamento orgânico médio de uma página no Facebook é de 0,21% da base de fãs.  

Ou seja, você precisa urgentemente rever sua posição sobre não patrocinar o conteúdo. Um índice desses não vale nem o tempo que você gastou pra produzir ou contratar alguém pra fazer. 

Outra curiosidade que vale pra quem sonha em ter uma página com MUUUUITOS seguidores: o engajamento cai quanto maior for sua base de fãs. Uma página com menos de 10 mil seguidores chega a ter 0,67%, se estiver entre 10 mil e 100 mil seguidores cai para 0,33% e com mais de 100 mil fãs, fica em 0,14%.

 

Instagram, o queridinho

O uso do Instagram também cresceu no Brasil durante a pandemia: aumento de 11%, o maior do mundo. Chegamos a 91 milhões de pessoas alcançadas.

Ahhhh mas minha conta não está crescendo quanto eu queria! Sabe qual o crescimento médio de seguidores no Instagram? 1,39%.

As contas postam em média 1,2 posts por dia, a maioria em fotos (62,7%), vídeos (23,8%) e carrossel (13,6%).

E a mesma lógica de engajamento maior nas contas menores se repete no Insta: 1,06% nas com menos de 10 mil seguidores, cai pela metade quando passa dos 10k – 0,69% e chega a 0,56% nas com mais de 100 mil followers.

Por que isso acontece? Bem, ambas são controladas pelo Facebook, que nunca escondeu a preferência pelas pequenas comunidades, os engajamentos mais genuínos com quem é mais próximo. Se esse é o seu caso, aproveite a ajuda do algoritmo!

Outras redes

.O Brasil é o quarto país no mundo em uso do LinkedIn, com um crescimento de 5% nos últimos meses. É uma rede usada principalmente pelo público de 25 a 34 anos.

Já o Twitter cresceu no Brasil, mas caiu 16% em alcance no mundo. É usado por apenas 5,6% da população mundial e uma rede principalmente masculina: 65% dos usuários são homens.

O contrário acontece com o Pinterest, que tem 76% de mulheres principalmente na faixa de 25 a 34 anos.

E o Tiktok continua sendo o aplicativo mais baixado do mundo, está em franco crescimento, mas tem muito espaço a percorrer: é usado por 13% dos brasileiros. O YouTube é utilizado por 33% da população, mas chega a 1 bilhão de horas assistidas todos os dias no mundo.

E as notícias, hein?

Não é segredo pra ninguém que as mídias sociais vem mudando radicalmente a forma com que as pessoas se informam. Claro que tem o lado ruim de muitas pessoas não lêem mais do que a manchete da notícia, mas é fato que essa é uma oportunidade. Entender os números é essencial também para os jornalistas.

Os brasileiros são os que mais se preocupam com fakenews no mundo: 84% dizem se preocupar em saber se as notícias que recebem são reais.

Canais mais utilizados para ter acesso a notícias:
82% internet, incluindo mídias sociais
65% televisão
55% somente mídias sociais
28% mídia impressa
30% rádio

51% dizem confiar na imprensa na maioria do tempo (a média mundial é de 38%)

46% afirmam que usam o Facebook como fonte de consumo de notícias, 27% usam o YouTube, 20% o WhatsApp, 13% o Instagram, 11% o Twitter e 4% o LinkedIn .

Quem mais utiliza as mídias sociais como fonte de informação são os jovens – 67% entre 18 e 24 anos, 63% entre 25 e 34 anos.


O Digital 2020 é uma fonte incrível de insights e de reflexão. Normalmente, tem quatro atualizações anuais e está disponível de graça, em inglês.

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