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26 de outubro de 2020

TOP erros que cometi como social media – e as lições que aprendi

Olá, eu vim aqui pra contar todos os leites de pedra que pude tirar dos erros que cometi nesta profissão.

Por Brenda Iung
TOP erros que cometi como social media - e as lições que aprendi

Dizem que errar é humano, mas insistir no erro é mais humano ainda, por que o que seremos se não somos completamente programados para errar? Na minha longa carreira de mais de 1.200 dias como social media, cometi alguns erros, repeti alguns erros… mas de uma parte considerável, consegui aprender as lições para não errar mais. Pelo menos até o fechamento desta edição. 

1 top erros que cometi enquanto social media

Referências ruins

Quando eu ainda era uma pequena estagiária, eu não tinha muita noção de como e onde procurar boas referências. Na minha cabeça, se o cliente fosse um advogado, eu só poderia procurar referências visuais, de linguagem, de pauta… em páginas de advogados.

O erro

Sabe quando você conhece uma pessoa, mas não sabe bem de onde e aí fica tentando lembrar? Era exatamente o que acontecia com os posts dos meus clientes: sempre pareciam algo de alguém… Nada originais.

A lição

Tudo é referência. E buscar referência é um treino de olhar e de ouvir mesmo. É prestar atenção no diálogo da novela, no outdoor do shopping, nas mensagens trocadas no grupo da família e aprender a filtrar. Falei um pouco mais sobre isso neste texto

O erro

Eu nunca salvava as referências. Via algo legal e depois não lembrava mais de quem era e nem como eu tinha pensado usar aquele material. Desorganização e perda de tempo total!

A lição

Referência é o bem mais precioso do social media (e de todos os criadores de conteúdo). Guarde suas referências e organize-as da melhor forma possível. E não deixe de anexar as suas anotações para lembrar como usar aquela referência quando for preciso. 

Não organizar o planejamento

Eu já atendi clientes que tinham todos os dias posts ligados ao planejamento. Nada factual. E aí, era uma luta para encontrar 30 assuntos pra falar no mês. Ficava horas focada em buscar temas e formas de abordagem. Nenhuma otimização.

O erro

Não organizar o planejamento me fazia perder muito tempo. Tratava o planejamento apenas como um calendário de assuntos e não como uma das partes mais importantes da estratégia.

A lição

Criar editorias! Separar o planejamento por temas macro e criar uma forma criativa de contar um assunto em que cada post fosse um capítulo dessa história fez toda a diferença. Isso também ajuda a organizar o feed, não só visualmente, mas permitindo que haja uma linearidade e uma coerência no conteúdo.

Criar um briefing pensando em mim e não em quem receberia

Muitas vezes por falta de tempo ou por não entender o lado de que receberia o briefing, fazia os direcionamentos considerando só o que eu mesma já sabia. Sem dar contexto ou referências para os designers. 

O erro

Absolutamente nada do que eu esperava, chegava. Precisava de muuuuuita refação e isso gerava um super desgaste na equipe.

A lição

Um briefing bem detalhado, com referências, com contexto, quase um diálogo dizendo tuuuuudo o que você espera daquele conteúdo faz TODA a diferença. Às vezes, eu desenho exatamente o que eu quero. Normalmente dá certo e posso provar:

O BRIEFING:

O POST:

Não pensar em oportunidades

Tive um cliente que o público da página dele eram pessoas mais jovens, de até 30 anos, universitários. Mas o público da empresa eram pessoas bem mais velhas que isso. E obviamente, a estratégia foi definida pensando neste público que não estava na página dele. 

O erro

Deixei as pessoas da página sem receber conteúdos de relevância e interessantes para sua faixa etária e linguagem por meeeeeeeeeses. Porque a estratégia era do cliente e ele queria assim. E pronto. 

A lição

Conversar com o público da página era uma oportunidade de encontrar um público fiel, que ao sair da faculdade, poderia lembrar do cliente como uma boa empresa para fazer negócio. Grandes negócios. Mudamos a estratégia com este cliente e, desde então, penso muito nas oportunidades que podem não estar sendo vistas. Mas que está lá e são importantes. 

Esquecer as datas importantes para o cliente

Já esqueci o Dia da Gestante para uma empresa que fazia ultrassom. E esqueci o Dia do Trânsito para um cliente que tem absolutamente tudo a ver com trânsito. AI QUE ÓDIO.

O erro

Não olhar o calendário de datas comemorativas com carinho. Negligência ou também falta de conhecimento sobre todas as realidades do cliente. Para uma cliente minha que é psicóloga, o Dia da Enfermeira é importante porque ela atende uma equipe de enfermeiras. Conversar pouco com o cliente acaba gerando esses esquecimentos.

A lição

Organizar as datas comemorativas do cliente é bem importante. Você não precisa fazer um post de “Feliz Dia da Enfermeira”, mas precisa lembrar aquele assunto ao criar o conteúdo. Hoje, ao fazer o planejamento, as datas comemorativas são os primeiros assuntos que eu olho. 

Deixar a minha voz ser a voz do cliente

Assim como os briefings, às vezes o volume de trabalho faz com que a gente não consiga pensar exatamente como o cliente pensaria para contar aquela história. Há um tempo, cheguei a uma conclusão sobre o meu trabalho e sobre os materiais visuais que estavam juntos a ele: tudo parece igual. Eram os mesmos emojis, a mesma forma de escrever, as mesmas artes. Tudo igual.

O erro

Não se dar tempo para absorver bem a forma de escrever do cliente e também, não se atentar às anotações que ele faz durante as aprovações dos posts. Aquelas anotações significam: eu falo assim! 

A lição

É preciso encarnar a persona do cliente como se fosse um personagem do teatro mesmo. Eu até mudo a minha postura ao escrever para alguns clientes e faço questão de ler o conteúdo em voz alta. Só assim, consigo dar o tom que a persona deve ter. Esses dias, uma de nossas clientes disse que eu poderia ter o sobrenome dela, porque estava escrevendo exatamente como ela escreveria. Recompensador. 

Deixar o mundo no modo automático

Quem já fez ballet ou alguma dança vai entender: sabe quando você aprende o movimento e aí nunca mais presta atenção na forma de fazê-lo, começa a desenvolver vícios e ouve da professora:

— Precisa polir este movimento!

É o que me aconteceu depois de criar uma rotina na profissão: esqueci de prestar atenção ao que eu estava fazendo.

O erro

Esses são graves, então, diferente de mim, preste atenção! “Ah, só duplicar esta campanha” e aí, a publicação sobre mamães de primeira viagem vai pro público do anúncio de Novembro Azul. “Ah, só postar isso” e aí não repara que no Mlabs a conta estava em outro cliente. “Ah, só editar este vídeo rapidinho” e aí entra na vertical um vídeo que deveria ser quadrado. PESADELO. 

A lição

Todo dia é uma nova oportunidade pra você errar. Não subestime isso. E não superestime seu conhecimento. É regra: o participante do MasterChef sempre é eliminado na prova do prato que ele é especialista. E por que isso acontece? Porque a gente cria muita segurança e se permite ficar no automático, a gente para de prestar atenção no que está fazendo e aí fica suscetível a erros MUITO básicos. 

Trabalhar como social media e escrever para tantos clientes diferentes, de nichos diferentes, de cidades diferentes, de públicos diferentes, nos faz errar muito. MUITO. Mas aprender muito, mesmo. Por mais clichê que seja: a gente sempre aprende um pouquinho mais a cada dia. E erra também, né?