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4 de fevereiro de 2025

A força do digital para uma mobilização real

Você consegue imaginar 100 mil pessoas meditando juntas? Querendo melhorar internamente ao mesmo tempo? É possível ter a dimensão da força energética que isso traz pro mundo? Eu não consigo. Só sei que me parece muito intenso.

Por Melina Santos

Por Cíntia Capri

Eu briguei com o digital muitas vezes. Posso dizer que temos uma relação difícil. Mas ele é o meu trabalho, então não preciso falar muito do quanto é importante pra mim.
Tive algumas crises digitais que custaram a minha saúde mental e hoje, minha pessoa física tem um pé muito atrás quando se trata de expor a minha opinião nesse ambiente onde não há nenhum controle de quem vai ler e comentar, sobretudo de como vai comentar.


Essa é uma breve introdução para falar sobre a minha mais recente experiência no digital. Me inscrevi para um grupo de meditação online. Parece falcatrua, mas até agora está sendo muito recompensador e não tenho nenhuma queixa. O que me fez chegar nesse momento não foi um post patrocinado no Instagram, embora a equipe que organiza a atividade tenha impulsionado o convite. Meses atrás, em setembro, um amigo da vida real me indicou o perfil do professor de Vedanta dele, porque considerou que eu me interessaria pelos conteúdos que ele publicava. Acertou em cheio. Gostei de primeira.

Nesse período, seguindo o perfil, descobri que esse professor, Jonas Masetti, havia criado um grupo de WhatsApp para compartilhar áudios com assuntos baseados no estudo da tradição Védica e eu entrei. Passou a ser meu ritual diário matinal ouvir o podcast enquanto tomo meu café sem açúcar. Foram duas substituições, o açúcar e o noticiário matinal.
No lugar de saber das tragédias do mundo, passei a me conectar com as minhas interiores e olhar com mais acolhimento pra elas.

Em um dos áudios, o professor Jonas, que já havia se tornado meu amigo, ainda que ele nem saiba da minha existência, propôs um desafio de meditação. Me inscrevi na hora. Foram mais algumas semanas de áudio sobre temas variados no podcast, mesclados com uma preparação para o desafio.

Eu nunca tive curiosidade de ver quantas pessoas estavam no meu grupo de WhatsApp ouvindo os mesmos áudios que davam o start no meu dia. Só quando teve início o grupo de meditação no YouTube é que eu me dei conta: 100 mil pessoas inscritas. CEM MIL!
Você consegue imaginar 100 mil pessoas meditando juntas? Querendo melhorar internamente ao mesmo tempo? É possível ter a dimensão da força energética que isso traz pro mundo? Eu não consigo. Só sei que me parece muito intenso. Tão intenso quanto foi pra mim a primeira das sete meditações propostas. Se ⅓ dessas pessoas tiverem conseguido se conectar com seu noticiário interno como eu consegui, talvez eu esteja certa em trocar as pautas do jornal matinal pela meditação, como forma de querer tentar salvar o mundo. 

Então, mesmo que a minha relação com a internet, com o digital, com as redes sociais seja tóxica algumas vezes, é inegável que ela que também viabiliza grandes encontros e transformações importantes do lado de cá.